Há poucas semanas, observei o efeito de uma falha geral das telecomunicações, num sábado à tarde, e senti na pele a falta que fizeram, pois necessitava de comunicar com urgência precisamente naquele período: eu, tal como outros, percorri dezenas de metros na rua a tentar "apanhar rede". Até tentei telefonar à moda antiga, através de um telefone fixo com contador numa mercearia (quando lá entrei, desconfiava que ainda existissem esses telefones e contadores, ainda bem que me enganei).
Na semana seguinte, uma falha de comunicações num hipermercado gerou o caos nas caixas, por impossibilidade de pagamento com multibanco. Dessa vez, via-se o desespero e frustração das pessoas na hora de pagar, as tentativas de todos na caixa, e depois a levantar dinheiro nas caixas multibanco ... caótico! Pelo menos desta vez, as pessoas tinham o telemóvel disponível, para gerirem os compromissos atrasados, para desabafarem a sua frustração, ou pelo menos para ajudar a suportar o tempo de espera.
Este rabisco que apresento foi inspirado nessa necessidade, retratando o que se passa nos aviões. À chegada, há uma frenética procura dos telemóveis, como se a viagem tivesse sido feita com a respiração suspensa e aquilo fosse o balão de ar.
Tremo até de pensar na quantidade de radiação emitida por um autocarro de aeroporto ...
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