Fala-se e falar-se-á muito disto, analisar-se-á, etc., no que são apenas mais ingredientes para os media continuarem a sua actividade. De facto, a esta eleição não será alheia a acção da imprensa. Muito se disse de cada candidato, entre o bruto, parolo e ignorante, e a senhora do sistema instalado, com e-mails duvidosos, etc. Também as sondagens diárias, tal como no caso do Brexit, descansam os favoritos e estimulam os previsivelmente derrotados a se mobilizarem e irem votar (e foram meses nisto). Que isto sirva de estímulo a todos para outras eleições, em qualquer lugar.
Por vezes, parecia que a única vantagem de Hillary Clinton era ser mulher. Ainda vamos passar muitos anos até que se aprenda que a igualdade não é forçar ou realçar por ser mulher, é garantir que não se perde oportunidades ou se é discriminado nas oportunidades por esse facto (ou por ser homem, também). Bem, passaremos muitos anos se realmente evoluirmos como sociedade, o que hoje não parece muito provável a curto prazo, antes pelo contrário.
Fora eventuais enviesamentos e preferências provocadas pela imprensa, a verdade é que a imagem que temos de Trump baseia-se em actos e palavras suas, divulgadas amplamente, por isso é incrível que se tenha eleito tamanho cretino, fosse quem fosse o oponente.
Sobre a "inteligência" do povo americano, olhemos em volta e vejamos como é a inteligência colectiva dos povos... é tal qual se pretende que seja: limitada e manejável pela "informação" gerida pelos sistemas em vigor (governantes ou aspirantes a tal, desde que tenham capital), desleixando de preferência a educação. Depois, há o fosso do preconceito entre quem estudou e quem não o fez, em que o mais fácil e básico é a desvalorização e mesmo desprezo mútuo.
Continuemos os debates de analistas e comentadores especializados...
Cartoon de 09 de Novembro de 2016
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