Desde então, só algumas coisas mudaram:
- o cinto que foi apertado em Durão Barroso tinha azeite e ele escorregou para Bruxelas (mas deixou o "Durão" atrás, talvez devido ao aperto);
- Santana Lopes deve ter tirado o cinto em alguma dança mais ousada... e dançou, o que também resultou num bater de Portas;
- José Sócrates ainda usa o cinto, embora mais no pescoço dos Portugueses do que no próprio.
Com isto quero dizer que o apertar do cinto não é uma simples expressão lusa, é um modo de vida, do qual apenas estivemos esquecidos durante um punhado de anos. O aperto resultante de crises mundiais não é o mais comum, mas o aperto do dia-a-dia sempre esteve presente, pois nunca fomos dos povos mais abonados em termos de vencimentos (comparado com os vizinhos mais para Norte, e não para Sul ou para Leste).
O mais interessante é que, entre tanta crise, déficit e contenção, todas as oposições criticam, e todos fazem o mesmo quando chegam ao poder: as medidas fiscais injustas para a oposição passam a ser necessárias para os governos, e vice-versa.
Citando um filósofo nosso contemporâneo (não, não é "contemporâneo", é dos outros), "eles falam, falam..."
Cartoon de 08 de Abril de 2002
Publicada no Portal Virtualazores
3 comentários:
a diferença é que eles falam em apertar para não comermos (eles comem tudo).
no teu desenho, do aperto impede-se a própria produção, ele vai até a fonte (destruindo a própria solução e assim eles não deixam nada)
É mesmo incompetência nem saber onde apertar...
O texto está espectacular além de acertivo como sempre, será que nasceu novo filosofo?
Ao Geocrusoe:
O que mais fazemos é apertar por apertar. O sítio do aperto vai variando, mas quem é apertado... sempre os mesmos.
Ao LR:
Obrigado.
Quanto ao nascimento, não sei, não passei pela maternidade ontem...
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