A captura indiscriminada de exemplares para efeitos científicos nem sempre é a melhor forma de promover um estudo (embora seja inevitável, em determinados casos). Nos Açores, há cerca de 1 século, houve quem se manifestasse preocupado pelo facto de serem capturados tantos Priolos para as colecções dos diversos museus europeus. Para cada estudo taxonómico e/ou colecção, alguém vinha cá capturar centenas de exemplares em poucos dias, para levar para cada museu.Este tipo de amostragem pode ter o tipo de resultados ilustrado neste cartoon, ou seja, não sobram mais indivíduos na natureza, e a população do Priolo ressentiu-se dessas capturas para colecções (além de outros factores que ocorreram depois, como o prémio dos serviços agrários nos anos 1920 pela sua captura, bem como a degradação do seu habitat).
Para não falar só em termos científicos, é como o nosso ordenado: existem tantas taxas, impostos e descontos sobre os nossos rendimentos, em que se tira para o IRS, Segurança Social, etc., que o original acaba por ficar mais pequeno que as próprias amostras. Nesse caso, o Estado conclui qualquer coisa como: este TINHA dinheiro, mas parece que sobra pouco... vamos lá buscar o resto!
Felizmente, no caso do Xinando-Cartoon, cada amostra é uma visita e não tira pedaços, por isso acabámos de ultrapassar as 5000 visitas (são poucas em um ano e meio, mas são boas!).
Cartoon de 10 de Maio de 2009
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