SG 35 - Benfica

1995 foi um ano mau para o Benfica, era o início de uma era a seco, sem ganhar campeonatos, com problemas económicos. Ficou em terceiro num campeonato que só voltaria a ganhar mais uma vez em 2004. 1995 era ainda a ressaca da contratação do iluminado Artur Jorge, que ficará na história como o treinador que conseguiu contratar mais fiascos numa única época, aliado a dispensas ainda hoje inexplicáveis.

Hoje, estão virtualmente à frente do campeonato, isto porque têm mais um jogo que o Sporting de Braga, verdadeiro herói desta época. De qualquer modo, este cartoon ajusta-se ao momento, pois estamos numa fase em que todos odeiam o Benfica (fruto de uns túneis em que nem sempre foram os provocadores, e em que os adversários envolvidos estão intimamente ligados por negócios frequentes e recentes...). Ninguém é santo no futebol e não ponho as mãos no fogo pelos dirigentes do Benfica, mas este ódio visceral que foi alimentado por alguns episódios surreais ainda vai levar a bom porto o projecto de dedicar um certo penta (porque isto de confessar em tribunal que se recebe árbitros em casa e que se lhes deu dinheiro porque ele tinha um problema pessoal, como se a fraqueza de uns não facilitasse a sua corrupção... e ainda ser absolvido, dá cá uma força que ninguém segura).

Os últimos jogos do Benfica (pelo menos os que tenho visto na televisão) têm sido tristes espectáculos de futebol: é uma equipa cansada e que já teve mais inspiração contra autocarros que só contribuem para o futebol ser cada vez mais feio. Quanto aos árbitros, falta mesmo categoria e o do último sábado provou isso mesmo (na primeira parte, concedeu mal duas leis da vantagem em faltas do Setúbal em frente à sua área, e em que o Setúbal pegou na bola e fez contra-ataques perigosos; na segunda, foras de jogo mal assinalados e um golo limpo mal anulado ao Setúbal, um penalty por assinalar sobre o Di Maria). É triste, mas a arbitragem nacional não tem mesmo categoria, embora esteja ao nível do futebol que se pratica por cá e, principalmente, a um nível claramente superior ao dos mentecaptos dos dirigentes desportivos.

Cartoon de 14 de Abril de 1995