Esta semana, liberalizou-se muito em termos económicos em Portugal. Liberalizou-se a caça ao tostão, com cortes consideráveis nas deduções em sede de IRS, com o fantasma do congelamento de ordenados na função pública, e até com a sugestão de se retirar o subsídio de férias e o de natal aos funcionários públicos.
Quanto aos cortes nos subsídios apenas aos funcionários públicos, tão reivindicados por aqueles que não o são (economistas com a vida resolvida e jornalistas, se calhar sem segurança profissional), lembro que se todos acham justo, tire-se esse benefício a todos os trabalhadores: também se consegue justificar que muitas empresas talvez fossem viáveis sem esse peso adicional no orçamento. Pensem nisso...
Por outro lado, acho triste que se pense que é justo retirar quase metade do rendimento de alguém para impostos, seja qual for o seu rendimento. No entanto, também acho muito triste o facto de eu não ganhar mais de 150.000 euros anuais. A sério, gostaria mesmo de me sentir roubado com esses 45 % de imposto, mas só se apresentasse para aí uns 10 anos de ordenados ao mesmo tempo.
Estes acontecimentos e a origem dos mesmos poderiam ser ilustrados pelo mesmo cartoon, apenas se cortando alguns dos fios às canas de pesca, para evidenciar a situação em que estamos. Ah! Aumentava-se também a distância para a água.
Cartoon de 16 de Julho de 2002
1 comentário:
Concordando ou não com o PEC, irritam-me os seguintes aspectos:
Ter um 1.º ministro a dizer que o PEC não aumenta impostos , quando é evidente que aumenta;
Incentivarem a inveja aos funcionários públicos quando é a hierarquia destes que não sabe gerir e desperdiça em proveito próprio;
Perceber que este PEC é o primeiro dos próximos PEC e que em todos a classe média será sacrificada.
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