O excesso de informação é tão ou mais nocivo que a falta dela. A necessidade de vender notícias diariamente, seja na forma escrita ou audiovisual, faz com que se divirja o foco de atenção num piscar de olho, e com que se dissequem assuntos que serão efectivamente triviais.
Não digo que a lei da rolha não seja contrária à liberdade que se deseja em todos os sectores da sociedade, apenas acho que é mais uma tempestade em copo de água e só evidencia uma característica (infelizmente) intrincada no fundo do código genético luso: a ética não é o forte dos portugueses.
Se no seio do PSD não houvesse ambições desmedidas pelo poder, com golpes baixos e estratégias de valorização pessoal, acham que seria necessário uma regra destas? A ética e o respeito pela instituição bastariam para evitar conflitos e situações desagradáveis em momentos-chave do partido. Claro que o facto dos congressos passarem a ser transmitidos em directo, como os jogos de futebol, não ajuda nada.
Não pretendo com isto falar do PSD, pois se olharmos com atenção à nossa volta, vemos esta falta de ética e de respeito pelas organizações a todos os níveis: é o sócio que deita sistematicamente abaixo a direcção da sociedade; é o funcionário que atende o cliente a falar mal do patrão; é tudo isso e muito mais...
Cartoon de 17 de Março de 2010
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